ABSTRACT
Este trabalho objetiva avaliar o uso de plantas medicinais pelas populaçöes das cidades de Goiás e Pirenópolis, e verificar se essas cidades fundadas no século XVIII mantêm a tradiçäo do uso dessas plantas. A metodologia constou de entrevistas, direcionadas por um questionário, com a populaçäo de três setores diferenciados no aspecto socioeconômico. O material botânico coletado foi identificado e depositado no Herbário da Universidade Federal de Goiás. Foi elaborada uma lista de plantas medicinais utilizadas, referindo-se a forma de uso, indicaçöes terapêuticas e parte usada. Foram identificadas 110 espécies. As espécies mais utilizadas na cidade de Goiás foram: Cymbopogon citratus (DC.), Stapf. (capim-limäo), Mentha piperita L. (hortelä-da-folha-miúda), Sambucus australis Cham. & Schlecht (sabugueiro), Vernonia condensata Baker (boldo), Lychnophora ericoides Mart. (arnica); em Pirenópolis, foram: Mentha piperita L. (hortelä-de-folha-miúda), Phyllanthus niuri L. (quebra-pedra), Cymbopogon citratus (DC.) Stapf. (capim-limäo), Sambucus australis Cham. & Schlecht (sabugueiro) e Lychnophora ericoides Mart. (arnica). Em ambas as cidades, a maioria da populaçäo faz uso de plantas medicinais, independentemente do padräo socioeconômico dos usuários, e os nomes vulgares, em muitos casos, näo correspondem a designaçäo científica.